Friday, June 16, 2017

A chegada dos bichinhos


Bicho-da-sedaHá muito tempo que os filhotes pedem um bicho de estimação. Cão, gato, rato, porco,peixe, iguana, uma tartaruga "ao menos"!Temos vindo a dizer peremptoriamente que Não, Impossível, Nem pensar.


Esta semana cedi aos bichos da seda, que, ao que parece, são distribuídos gratuitamente lá na escola. Lá trataram dos preparativos para o acolhimento sozinhos e partiram na segunda-feira de manhã, hiper motivados para a escola, de caixas cheias de entusiasmo por adoptar um animalzinho!

À tarde, ao ir buscá-los, já me tinha arrependido amargamente da decisão, principalmente ao constatar que eles faziam festinhas no dorso do que para mim não passavam de lesmas repugnantes e que a Mary até beijava o insecto obreiro, comigo a suspirar, pensando que talvez, apenas talvez ainda viesse a lucrar alguma coisa se o tipo - de facto- produzisse alguma seda, tecido ainda hoje valioso e procurado!(Esperança!)

Ainda tive que encostar o carro, debaixo de trinta e nove graus de sol na testa, (desespero!) para os meninos irem colher folhas de cerdeiro, alegadamente, folhinhas da sua preferência, parece que é um vegan selectivo!
Neste momento, eu a suar as estopinhas, a maldizer filhos e lagartas e por que raio não as deixamos já aí penduradas na sombrinha da cerejeira, ai que felizes que as bichinhas iam ser!!!, não há bicho que não prefira uma árvore a uma caixa de papel e ainda por cima tereis de cá vir colher folhinhas todos os dias...
"Não faz, mal, não faz mal, a gente vem!"
 (Tentativa gorada de manipulação emocional!)

(Estão aqui estão a pôr-lhe uma coleira com guiso e a trazê-la à rua para fazer xi-xi! Pânico, ocorre-me que o bicho deve fazer caganitas na caixa e decido logo ali que para dentro de casa não entram, hão-de viver na varanda até estorricar com o sol, o que, a avaliar pelos últimos dias não deve ser um processo demorado, portanto, esperança, esta aventura deve ser lancinantemente rápida, aguenta, mãe e sorri)

Chegados a casa, varanda com os quatro, eu a pensar que aquilo vai cheirar mal e deixar ovinhos por todo o lado (Nojinho!) eles contentes, a acomodarem-nos, a falarem com eles e a inventarem-lhes nomes.
O do Pedro foi, a meu ver, brilhantemente, baptizado de Corta-Relvas!
O da Maria, porque anda numa fase de picardia desafiante com o pai, Benfica!

O pai vaticinou, de imediato, que não havia lugar para o Benfica cá em casa.
Rimo-nos todos e a Maria choramingou.

De madrugada, caíram umas gotas gordas de chuva e eu sonhei que, com a água, as minhocas cresciam para o tamanho de dinossauros e começavam a entrar pela casa dentro a largar visco! (Pânico) Acordei em pleno alívio, com a voz maternal da Maria a falar com o Benfica pequenino!

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