A propósito do nosso querido Tomé ter dado os primeiros passinhos (delícia ver o mundo "andar para a frente"!), falámos em família da alegria e emoção que é assistir a esses momentos. Os primos viram o vídeo e ficaram com um sorriso rasgado de orelha a orelha. Disse-lhes que, um dia mais tarde, quando forem todos crescidos, hão-de lembrar-se disto, há-de parecer estranho terem crescido todos tanto e hão-de dizer: "Pensar que vimos o Tomé a aprender a andar!"; tal como eu me lembro de ter andado com o Ruca ao colo e em cima dos meus pés para que caminhasse, sendo que, agora, é um homenzarrão muito mais alto do que eu... riram-se com a ideia de alguma vez o Ruca ter cabido no meu colo!
E, então, continuou-se. "Sabes, Pedrinho, lembro-me bem de começares a andar. Tinhas catorze meses. Foi numa casa no Algarve, onde estávamos a passar férias com a Filipa, o Tozé e o Miguel, bébézinho....Estavas cá fora no pátio, corrias tudo de um lado para o outro de gatas ou então em pé, agarrado às paredes; a dada altura, largaste as mãos e andaste! Foi uma emoção!" Abraçou-se a nós com um daqueles apertos de empurrão que até magoam... à Pedro!!!!
Como eu dissesse que a Mary também tinha começado a andar com catorze meses, mas que já não sabia precisar muito bem em que situação concreta, o pai salta em auxílio. "Lembro-me bem. Andou para vir ter com o "papi", para vir para os braços do seu pai...". Ri-me, duvidei: "não me lembro bem disso, não estarás a inventar?" e sai-se ela, tão oportuna e sagazmente como de costume:
"Ele só está a dizer isso para eu gostar mais dele!"
Ou seja, passos de gigante cá em casa também. Na expressão (verbal e gestual) dos afectos e na compreensão dos afectos.
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