Este fim de semana voltamos a Bragança.
Foram dias e noites de antecipação, principalmente para os filhotes.
Muita ansiedade,
muitas expectativas,
muitos planos.
A vida nova já encarrilou, mas as saudades apertam.
O Pedro e a Maria estavam desesperados para voltar a Bragança e valeu mesmo a pena lá ir.
Obrigada a todos.
Antes de ir, O Pedro combinou tudo com os amigos pelo WhatsApp.
Conseguiu assistir a um jogo da sua antiga equipa, o GDB, a roer-se na bancada para saltar lá para dentro do relvado com os amigos! Dormiu sempre com o compincha-mor, o Gonçalo e conseguiu encontrar-se com muitos amigos e passar duas tardes a brincar, jogar computador e galhofar com alguns.
A Mary esteve com a Margarida e a Inês e ficou cheia de vontade de voltar a ver a sua antiga escola, a Augusto Moreno, porque lhe contaram que tinha um novo parque infantil. Passou o dia de sábado na aldeia de Sortes, com a Inês e, pela tarde, foi ver o desfile dos caretos e lanchar no shopping com as duas amiguinhas. Não sem antes ter brincado um pouco no parque, na quinta da Braguinha.
Para os adultos: alheiras variadas, posta no Abel, gargalhadas com os amigos em frente a salamandras e lareiras quentinhas. Muito mimo para reconfortar o coração saudoso!
Foi difícil arrancar os pequenos de volta a casa, que agora fica para cá das montanhas e junto à areia.
Relutância em calçar as botas, resmunguices, má vontade, lamentos e lágrimas IP4 abaixo.
A gente a rezar para que o carro se aguentasse (pois que a ida ao mecânico havia sido adiada pela urgência dos catraios em ir ao nordeste) e eles a desejar que ele parasse ou avariasse, para nos impedir de avançar e irmos de volta para a capital transmontana!
Eis senão quando, o Pedro vomita violentamente e a Maria ameaça não menos violentamente vomitar também com o fedor!
Se não fosse quase trágico era quase cómico - a mim dá-me para rir, imaginar que, depois desta estafa, no dia seguinte de manhã cedinho, havia que levar o veículo ao mecânico. Portanto, não falta só compô-lo, mas primeiramente lavá-lo!
Ainda centrada na miserável e penosa situação que este vómito impõe aos adultos, apercebo-me do que ele significa para as crianças. O rebuliço interior que deixar os amigos para trás lhes causou... Fico a pensar:
Assim como
um balde de água morna e uma escova hão-de mitigar os danos da regurgitação no automóvel,
assim também
espero que um banho de água morna ajude a sossegar
ou a esquecer
ou a disfarçar
a dor de partir.
Chegados a casa, onze e tal da noite,
eles, terra-a-terra,
sem nenhum sinal dos dramas interiores que eu estava a fabular:
"Queremos JANTAR!"
Então não estavam enjoados? Maldispostos? Rabugentos? Sonolentos?
"Sim, mas temos de JANTAR!"
Valha-nos talhadas do bom pão transmontano com manteiga!!!!
No comments:
Post a Comment